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A verdade sobre produtos ‘Cruelty Free’

A procura por produtos com selo ‘Cruelty Free’ tem crescido muito nos últimos anos. As pessoas se interessaram mais por saber a origem e desenvolvimento dos produtos que utilizam, buscando formas naturais e menos agressivas ao meio ambiente.

tudo sobre produtos cruelty free

Há empresas que abandonaram a experimentação animal no desenvolvimento de seus produtos, percebendo uma crescente necessidade comercial de produtos ‘Cruelty Free’.

Cruelty free internacional, Animal Ethics ou People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) oferecem listas gratuitas e atualizadas de empresas ‘Cruelty Free’.

Porém, é importante ressaltar que não existem definições legais para o uso desses termos, uma vez que algumas empresas podem não experimentar os produtos finais em animais, mas podem fazer o uso de matérias-primas ou outros ingredientes já testados previamente em animais.

 

Outro exemplo é de um produto que não é mais testado em animais atualmente, mas que já foi testado em algum momento.

Na verdade, desde 1980 que fabricantes deixaram de testar cosméticos prontos em animais. Mas, não existe uma empresa de cosmético que faça uso de uma substância que não tenha sido testada em animais em algum momento.

Vamos esclarecer mais esse assunto?

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O que quer dizer ‘Cruelty Free’ afinal?

De acordo com a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, não existe uma definição legal padrão para o termo, então as marcas são livres para definirem este termo como quiserem.

Normalmente, o objetivo é atrair consumidores conscientes que estão dispostos a gastar mais do que pessoas que não consideram essas questões.

*Produtos ‘Cruelty Free’ não devem ser confundidos com produtos veganos (sem nenhuma substância de origem animal).

Como ‘Cruelty Free’ não tem uma definição legal, existem vários significados que as marcas podem adotar:

  • Os ingredientes foram testados em animais, mas o produto final não.
  • A marca contratou outra empresa para fazer os testes.
  • A marca ou fabricante confiou nos resultados dos testes de uma organização externa.
  • O teste ocorreu em um país diferente daquele em que a marca está sediada (geralmente na China, porque requer testes em animais).
  • A marca só usa testes em animais quando exigido por lei como parte da expansão para mercados estrangeiros (geralmente a China).
  • Pelo menos um animal foi ferido ou morto e usado como ingredientes (o que significa “produtos de origem animal”), mas não houve nenhum teste.
  • A marca, ou empresas envolvidas em sua cadeia de suprimentos, confiaram nos resultados de testes anteriores em animais de outras organizações, mas não realizaram nenhum teste por si mesmas, prejudicaram quaisquer animais ou adquiriram quaisquer produtos ou subprodutos de origem animal.
  • Nem os ingredientes nem os produtos foram testados em animais, e as empresas envolvidas não feriram ou mataram nenhum animal.
  • A marca tem uma certificação ‘Cruelty Free’ (não é uma regulamentação legal, mas ainda fornece um nível mais alto de responsabilidade).

Essas três últimas definições são as formas mais éticas para dizer que um produto é ‘Cruelty Free’.

Testes em animais são obrigatórios?

Em muitos países, como os Estados Unidos e na Europa, não é necessário testes em animais para comercialização de um produto.

Existem dados suficientes sobre segurança de substâncias e matérias-primas, bem como alternativas in vitro, para tornar desnecessários os testes em animais.

 

Porém, para comercializar produtos na China o teste em animais é obrigatório. Ainda hoje, a China exige testes em animais em muitos produtos de beleza que devem ser vendidos no mercado interno, mesmo que os produtos sejam fabricados no exterior ou importados.

O país depende ainda de testes em animais porque seus fabricantes são constantemente criticados por produzir produtos de baixa qualidade e não têm a capacidade de evoluir e usar métodos alternativos.

Qualquer selo ‘Cruelty Free’ é válido?

Um dos selos mais conceituados é o selo do Programa Leaping Bunny, que como a marca diz, é a única maneira de ter 100% de certeza de que uma empresa é ‘Cruelty Free’. Pois, exige que nenhum novo teste em animais seja usado em qualquer fase de desenvolvimento de produto pela empresa, seu laboratórios ou fornecedores de ingredientes.

Porém, você podem perceber o uso da palavra ‘novo’ teste. O que quer dizer que pode ter havido testes em animais previamente.

Conclusão

A  conclusão a se tomar é: deve sim haver uma preocupação ética com os testes em animais, buscando, sempre que possível, que não seja necessário esses testes, principalmente com o avanço da tecnologia e aparecimento de novos métodos de testes.

Agora, há que ser criterioso ao escolher produtos somente por um selo ‘Cruelty Free’, para não se deixar levar apenas por um marketing enganoso.

 

Principalmente o fato que essas marcas com selo ‘Cruelty Free’ buscam elevar o preço dos produtos por saber desse apelo de marketing.

Espero que tenha te ajudado a esclarecer essa questão e com isso possa fazer escolhas mais pensadas e conscientes.

Referências

Evolución de aspectos bioéticos de la experimentación en
animales: el origen del concepto “Cruelty free” – Roberto Bustos; Fernando Valenzuela

https://www.thelist.com/185494/the-truth-about-cruelty-free-makeup/
https://blog.publicgoods.com/what-does-cruelty-free-actually-mean

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